quarta-feira, agosto 01, 2012

ADAM LAMBERT - VIDA E TRAJETÓRIA DOCUMENTÁRIO

 Confira a trajetória de uma potência vocal adimirável e a vida musical de um dos poucos artistas de coragem assumidamente gay nos USA.

Adam Mitchel Lambert nasceu em Indianápolis, 29 de janeiro de 1982,  cantor, compositor e ator dos Estados Unidos, terminou como segundo colocado na oitava temporada do famoso programa American Idol em 2009. Lambert lançou seu primeiro disco, For Your Entertainment em 23 de novembro de 2009, vendendo 198 mil cópias só na primeira semana. Em 15 de Maio de 2012, Adam Lambert lançou seu segundo álbum de inéditas, entitulado Trespassing que foi um dos álbuns mais aguardados de 2012 e estreiou em primeiro lugar na Hot 200 da Billboard. Lambert é conhecido por seu visual ousado e pela potente voz.

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Adam Lambert – Presente Mercurial de um American Idol

O The Independent é um jornal Britânico de circulação nacional publicado em Londres desde 1986, sendo considerado um dos jornais diários mais novos de circulação britânica. E recentemente um dos seus jornalistas, Luke Blackall entrevistou Adam Lambert 12/JUL 2012. Confira aqui a versão impressa e a seguir a tradução da entrevista:

O premiado Reality TV, Adam Lambert está assumindo o lugar de Freddie Mercury novamente. O primeiro artista abertamente gay dos Estados Unidos a ocupar a primeira posição nas paradas, fala a Luke Blackall sobre cantar com o Queen
É difícil categorizar Adam Lambert. Segundo colocado no American Idol de 2009, seu primeiro álbum era forte no glam rock, seu mais novo material tem um forte sabor de pop e emo, e ele se parece com um jovem (e muito mais bonito) Gary Numan [ver nota]. Para completar, ele é gay. Apesar de um astro pop gay em 2012 não soar tão incomum no Reino Unido, assim o é nos Estados Unidos.
E este ano Lambert conquistou um inacreditável feito quando seu segundo álbum, “Trespassing”, foi o primeiro álbum de um artista solo masculino abertamente gay a ocupar o topo da parada da álbuns da Billboard. Pode soar pouco plausível, mas outros astros homossexuais, como Elton John e George Michael, não eram ”assumidos” quando atingiram o topo das paradas.
Mas o burburinho causado em 2010 quando Ricky Martin escolheu revelar sua sexualidade ou quando, no começo do mês, Frank Ocean, membro da marca de roupas hip hop Odd Future, blogou sobre ter tido um relacionamento com um homem, mostra que os Estados Unidos ainda estão, de alguma forma, muito atrasados do restante do Oeste quando o assunto é abertura quando a homossexualidade.
Lambert não está surpreso apenas por ter sido o primeiro, mas também pela agitação, sendo que ele se assumiu no final da adolescência. ”Eu acho que por muito tempo a indústria da música teve medo disso, de artistas assumidos, é mais uma coisa local”, ele diz. ”Mas a música não tem orientação, música boa é música boa, então se você se baseia na sexualidade do artista para apreciar sua música, então talvez você precise examinar seu próprio nível de conforto com relação ao assunto”.
Uma de suas novas faixas é ”Outlaws Of Love”, e fala sobre ser isolado por ter se apaixonado pela pessoa ”errada”, e ela aparece, ele diz, numa época onde uma mudança de atitudes está acontecendo na América.
”Nós estamos bem no meio desse grande movimento pelos direitos civis”, ele diz. ”É lindo ver como as pessoas estão adquirindo força e eu acho que o momento e minha notoriedade são um privilégio. Eu sinto que tenho um certo quinhão de responsabilidade – porque eu tenho uma visibilidade que poucas pessoas têm na comunidade gay, especialmente na indústria da música – de se sentir à vontade, de ser aberto”. A outra indústria criativa dos Estados Unidos curiosamente hétero é Hollywood, cujos membros Lambert, talvez surpreendentemente, tenha maior simpatia.
”Eu consigo entender que com atores, eles querem ser escalados para projetos diferentes e então eles têm que ter credibilidade nisso, naquilo ou naquele outro, para despertar as pessoas emocionalmente”, ele diz. ”Eu entendo isso. Eu entendo porque certos atores preferem não revelar sua opção sexual. Mas com a música, é um pouco mais autobiográfico”.
Isso não seria uma sugestão de que a revelação da opção sexual de um ator poderia não ser bom para a indústria do cinema e a comunidade?
”Eu pensei muito a respeito disso e eu consigo ver porque um ator se revelando é um ato de bravura, e demonstra bastante apoio e visibilidade à comunidade, e desafiar os estereótipos são uma grande parte do nosso movimento, mas infelizmente eles podem estar sacrificando certos trabalhos que conseguirem. E o que é mais importante? Eles provavelmente estão pensando em si mesmos em primeiro lugar.”
O cantor de 30 anos de idade parece ter muito mais (de valor) a dizer do que a grande maioria dos astros pop provindos dos reality show. Ele também destaca que seu processo de gravação é mais abrangente do que a maioria dos seus companheiros. Ele trabalhou em “Trespassing” por um ano e meio, gravando mais de 50 músicas durante o processo. Aquelas que foram escolhidas para fazer parte do álbum foram tocadas até que ele se sentiu satisfeito.
”Eu sou meu pior crítico. Eu observo detalhes. E eu sei que eu pus cada faixa através de uma grande pressão”.
Apesar dele não ser chegado a comparações com artistas contemporâneos, ele tem uma lista significativamente sem fim de astros dos anos 90 que influenciaram seu último trabalho, como Missy Elliot à Gwen Stefani à 2 Unlimited. O álbum progride de uma positiva primeira metade para uma segunda parte um pouco mais obscura, e explora sua vida pós Idol, de seus sombrios e exaustivos dias logo após o término da turnê mundial ao auto descobrimento do que ele chama de ”sortudo filho da mãe”.
Apesar disso, ele admite que sua relativamente nova chegada a fama não lhe deu direito as festas, presentes e glamour sem fim que ele tinha antecipado.
”Eu estava errado! Eu não fui convidado a nenhuma festa fabulosa, não realmente”, ele diz. ”Eu achei que iria ser um passe livre para alguns clubes exclusivos. Na realidade, cria muito mais obstáculos, socialmente.
O lançamento do seu último trabalho coincide com uma de suas maiores oportunidades até agora, se apresentar com o Queen. Ele se apresentou com Roger Taylor e Brian May quando eles foram convidados especiais no American Idol, e ele liderou a banda no MTV European Music Awards ano passado e, esta semana ele assumiu novamente o papel de Freddie Mercury para três shows em Londres.
Com o seu grandioso alcance e poder, Lambert e Mercury têm algumas similaridades vocais, mesmo que suas personalidades (a abertura de Lambert e a reclusão de Mercury) e ascensão parecerem bem diferentes.
”Eu não posso cantar [as músicas] tão bem quanto Freddie Mercury, é claro que não posso, ele as escreveu”, ele diz. ”Eu não queri imitá-lo, isso seria desrespeitoso à sua memória. Meu objetivo é ser eu mesmo, mas garantir que eu esteja cantando as músicas da maneira como foram planejadas e [pergunto] ‘qual era o plano aqui, tanto emocional quanto musicalmente?’”
Uma coisa que eles parecem ter em comum, é que, assim como Freddie ajudou a quebrar barreiras no Reino Unido nos anos 80 e 90, o sucesso de Lambert poderia ajudar a fazer a mesma coisa do outro lado do Atlântico.
O álbum ”Trespassing” de Adam Lambert, e seu primeiro single ”Never Close Our Eyes”, já estão a venda.

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